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PEC Empresarial

Photo via Freepik.com
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Temos visto ultimamente muitas discussões sobre a PEC do teto, que pretende limitar os gastos da União ao que se arrecada. Fundamentalmente, o objetivo é não pedir dinheiro emprestado a juros altos, não emitir moeda (isso gera inflação) e não aumentar impostos para “tapar” o rombo, que foi a ação que os governos de todas as esferas fizeram até hoje. O alicerce para uma medida desse porte se chama orçamento.

Ideologias, críticas ou elogios referentes a PEC à parte, é fundamental estabelecer um orçamento e acompanhá-lo. Trazendo a realidade governamental para o mundo das empresas, funcionaria assim: a empresa verifica seu faturamento para o ano que vem. Se não tem um faturamento fixo, como as empresas que cobram mensalidades, por exemplo, a média do ano anterior pode ser um bom ponto de partida, embora isso seja muito particular, sendo diferenciado de nicho para nicho.

Estabelecido o faturamento estimado, e só a partir daí, elenca-se as despesas fixas (aluguel, telefone, folha de pagamento, luz), que também podem ser fixadas na média do ano anterior, e as variáveis como comissões, consertos de instalações e equipamentos e similares. Deve se modificar os números históricos, sempre que haja algum dado já sabido de aumento ou redução em determinado gasto, como o aumento do aluguel durante o ano, pagamento do reajuste dos funcionários pelo sindicato, etc.

Com as receitas, a mesma coisa. Já sabe que um cliente relevante vai sair em janeiro ou que outro vai entrar em março?! São muito importantes esses dados já entrarem nas contas. Uma simples planilha em excel com as porcentagens dos tipos de receitas e despesas já dá uma visão mais ampla de quanto a empresa fatura (não é lucro) e quanto ela gasta. Transformando em gráfico, fica ainda mais interessante e ilustrativo.

Importante o empresário não deixar de colocar as suas retiradas mínimas e também analisar se não há dados já sabidos de aumento ou redução de suas despesas pessoais. Lembre sempre que você faz parte da empresa. Você não é a empresa.

A terceira etapa é enquadrar as despesas dentro das receitas. Mas não é simplesmente ir diminuindo percentuais aleatoriamente para a conta fechar. É fundamental, e você, melhor que ninguém, sabe sobre isso, priorizar as despesas que são imprescindíveis como: pessoal, aluguel, parcelamentos já efetuados de impostos e/ou dívidas bancárias, etc. Se, nesse resultado, a única opção for cortar gastos, não pense duas vezes. Melhor enxugar e ter como cumprir com seus compromissos do que cair na ciranda financeira ou na inadimplência.

A última etapa é o acompanhamento mensal do orçamento feito, comparando o orçado e o efetivamente realizado mensalmente, analisando as diferenças e fazendo os ajustes e medidas operacionais e financeiras para enquadramento e cumprimento das metas.     Se você tem uma contabilidade atualizada, a demonstração do resultado do exercício (DRE), que é um dos relatórios que o contador prepara, já te dá essa discriminação de receitas e despesas e seus totais individualizados.

Consulte seu contador e separe um tempo para fazer a sua PEC, pois já estamos em dezembro e 2017 já está chegando. Feliz ano novo!

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