Uma das cirurgias mais realizadas no Brasil é a lipoaspiração, o Dr. Marcio Milman da Primmage, falou um pouco sobre o assunto. Por incrível que pareça, foi idealizada por um ginecologista francês chamado Dr.Illouz,nos anos 80. Portanto,é uma técnica relativamente jovem,mas que evoluiu bastante em termos de técnicas e materiais.
A lipoaspiração é realizada através de pequenas incisões em regiões escondidas do corpo,por onde se introduzem cânulas que sugam a gordura com o objetivo de um contorno corporal mais harmônico. O procedimento deve ser realizado com o máximo de assepsia e segurança,sempre em ambiente hospitalar.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estabeleceu uma regra do máximo volume que pode ser aspirado,que é de 5 a 7 % do peso corporal. Fica a critério do cirurgião avaliar as condições clínicas de seu paciente,para saber o quanto de volume poderá retirar.
É importante ressaltar que a lipoaspiração não é um procedimento indicado para emagrecimento, mas sim para modelar as regiões do corpo que apresentam acúmulos de gordura que não diminuem com a dieta ou que já existem mesmo quando o paciente está em seu peso ideal. Esses acúmulos se chamam lipodistrofia .Um exemplo simples são os acúmulos nos trocânteres,regiões laterais das pernas das mulheres (e alguns homens),os chamados “culotes”. Outras regiões de acúmulo de gordura de difícil perda são os flancos(“pneus”),a região entre as coxas, a região alta das costas, o submento (“papada”),a parte posterior do braço,entre outras.
Como o objetivo da lipo é modelar o corpo,a gordura retirada pode ser enxertada em outros locais que necessitam de aumento de volume,como sulcos do rosto, região de trocânteres e glúteos,entre outros. Para que seja realizada com total segurança,uma avaliação clínica pré-operatória rigorosa deve ser feita,inclusive em casos de pouca retirada da gordura.Em casos de lipo em abdômen,deve-se realizar um estudo da parede abdominal,para saber se o paciente apresenta alguma hérnia,o que impossibilita o procedimento. Hospitais e clínicas devem estar preparados para urgências per e pós-operatórias,evitando-se de qualquer maneira a realização do procedimento em consultórios.
O pós-operatório bem realizado é tão importante quanto a correta técnica cirúrgica.Ele consiste em utilização de cintas modeladoras,em geral por volta de 30 dias,além de manipulação dermatofuncional. Essas manipulações auxiliam na correta cicatrização do tecido,evitando aparecimento de fibroses (endurecimentos) e irregularidades na pele, e devem ser realizadas por profissionais especializados,que são fisioterapeutas.
O bom resultado sempre dependerá de uma integração entre o que o paciente deseja,o que médico pode oferecer dentro dos limites da técnica e um pós-operatório bem orientado e corretamente seguido pelo paciente.