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Nova comédia traz Adão e Eva no paraíso da tecnologia

De forma lúdica e leve, o espetáculo ‘Tecnorisos’ aborda as facilidades e os problemas do mundo digital no dia a dia das pessoas. Sob a direção de Rogério Fabiano, os atores Agnes Xavier e Helio Zachi estrelam a peça. Estreia dia 5 de maio no Teatros da Barra – Sala Del’Art, no Shopping Barra Point

Com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Seadrill, Marte Engenharia, Gate Gourmet, Trimak e Gem Shipping, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, a comédia “Tecnorisos” é formatada por esquetes, tendo como fio condutor as dificuldades que as novas tecnologias estão trazendo para o ser humano.

O espetáculo pretende usar a leveza do humor para apontar algumas dessas adversidades, em situações que fazem parte do dia a dia de todos nós e que, muitas vezes, acabam por nos confundir ainda mais. A surpresa aqui fica por conta de quem serão esses personagens que terão de encarar os “perrengues” do mundo digital: Adão e Eva.

Comédia
Mesmo o espetáculo sendo dividido em esquetes, as tramas são interligadas, conduzindo o espectador nessa jornada virtual inusitada, na qual muitos irão se identificar.

O casal, interpretado pelos atores Agnes Xavier e Helio Zachi, faz um verdadeiro salto no tempo e lida com toda a modernidade dos celulares, aplicativos, robôs e afins. Com autoria de Lina Rossana Ostrovsky e direção de Rogério Fabiano, a peça “Tecnorisos” estreia no dia 5 de maio no Teatros da Barra – Sala Del’Art, no Shopping Barra Point, na Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio. Temporada até o dia 2 de julho, com sessões sempre às quintas-feiras, às 17h; e às sextas, aos sábados e aos domingos, às 20h. A classificação é de 16 anos.

Segundo a autora da comédia, Lina Rossana Ostrovsky, a ideia de incluir as figuras bíblicas Adão e Eva num contexto futurístico tem o intuito de revelar que, em qualquer tempo, o descontentamento do ser humano sempre existirá.

“A gente tem ouvido muito que para solucionar certas coisas só começando tudo de novo do zero. Eu quis mostrar que não adianta. O ser humano é insatisfeito por natureza. A ambição costuma andar na frente da gratidão. Talvez este seja nosso maior pecado. Mas com bom senso e bom humor todo mundo encontra o seu caminho original. A tecnologia não veio para afastar as pessoas nem das outras pessoas, nem da realidade. É saber usar”, afirma ela, que é, e .Lina comemora o fato de o público ficar, ao menos, 95 minutos (duração da peça), longe das telas.

“Só de saber que ao menos parte da plateia vai estar off-line enquanto assiste à peça já me basta para ter esperança. O texto diz o óbvio: as ferramentas tecnológicas sã fabulosas. A vida real é mais ainda. A gente não pode esquecer nunca quem comanda quem”.

Sobre os atores e a palavra do diretor

Mesmo o espetáculo sendo dividido em esquetes, as tramas são interligadas, conduzindo o espectador nessa jornada virtual inusitada, na qual muitos irão se identificar.

“A comédia é dividida em cenas, com situações diversas, como se fossem esquetes; no entanto, existe um fio condutor que leva uma história maior, através dos dois personagens, até que essa história atinge seu ponto final”, diz Agnes Xavier, que é casada com o seu parceiro de cena, Helio.

No palco, Agnes viverá a Eva, que está à procura de mudanças em sua vida e acredita que os avanços do futuro são a resposta para a realização dos seus sonhos. “Minha personagem está em busca de uma vida mais interessante, com muitas novidades, na qual ela pensa que vai ser mais feliz e realizada. O impacto que isso irá causar nela, só assistindo ao espetáculo pra saber”.

A trama é uma comédia inteligente, que promete levar o público ao riso, mas ressalta pontos que merecem atenção. Não podemos negar as facilidades e maravilhas que a tecnologia nos proporciona, e é notório que nos últimos 20 anos o salto foi enorme, mas uma grande parcela da população ainda não conseguiu assimilar esse avanço e tem dificuldades em lidar com todas essas facilidades. E uma dessas dificuldades é a falta de comunicação, já que, muitas vezes, as conversas ao vivo têm sido substituídas por mensagens de WhatsApp, por exemplo.

“Esse espetáculo é um grande presente que a autora nos deu, e eu acredito que o público irá se identificar com a brincadeira do jogo teatral onde, de uma maneira lúdica e leve, a autora aponta questões sérias como a solidão, dificuldade de comunicação, necessidade de ser reconhecido e, principalmente, do vazio humano presente em todos nós”, frisa Helio Zachi, que interpretará o Adão.

“Defino o meu personagem como um elemento raiz da civilização e, por essa razão, ele é uma pessoa extremamente ingênua, mas com um grande coração”.

Para o diretor Rogério Fabiano, a comédia, além de ser uma diversão garantida para a família, é extremamente contemporânea, tendo tudo a ver com a correria diária das pessoas. “Uma peça muito divertida, com tema muito atual, contada de uma forma muito original, brincando com o futuro e o passado. Trata dos percalços do dia a dia, da Internet, da informática, desse mundo novo que a gente vive, de uma forma muito divertida.

E é um exercício muito grande para os atores, que fazem vários personagens coringados. E isso, para a direção, é uma delícia. É muito gostoso poder brincar com todas essas composições. É uma diversão garantida para a família”, afirma Fabiano, que já dirigiu os atores em outros trabalhos no teatro: nos anos 90, na peça ‘O dia em que Alfredo virou a mão”; e em 2018 e 2019, nas comédias “A minha futura ex” e “Tem um psicanalista na nossa cama”, respectivamente.

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