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Entrevista com Fábio Rabin

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Foto: divulgação

 

Me vi comediante à medida que os textos que eu fazia começavam a dar certo e a plateia ria. Então, percebi que deveria aceitar a comédia e mais do que isso, estudá-la mais a fundo.

Fábio Rabin veio morar na região em outubro do ano passado, quando seu espetáculo “Queimando o Filme!” estreou no Teatro Fashion Mall. Agora, no fim do mês, a temporada da peça chega ao fim e ele irá se despedir da Barra da Tijuca para voltar a São Paulo.

Como começou na carreira de comediante?
Comecei como comediante após me formar em teatro onde me vi pressionado pela minha família a trabalhar. Então, o primeiro emprego que consegui foi num bar onde eu fazia personagens e atuava com um grupo de comediantes.

A MTV revelou muitos comediantes, como foi sua passagem pelo canal?
A MTV foi uma passagem muito importante na minha vida. Eu pude trabalhar com um pouco menos de pressão do que você tem na TV aberta. Me diverti muito, fiz grandes amizades, principalmente no “ Comédia MTV”. Foram anos muito leves. Acho legal você aprender a ser mais autoral, pensar numa ideia, e ela ir ao ar. Foi uma boa escola de atuação, fazer personagens, conviver com gente muito boa: Marcelo Adnet, Dani Calabresa e outros tantos do Comédia MTV, como Tatá Werneck e Rafael Queiroga.

E no Pânico? O programa é cercado de polêmicas, como é trabalhar lá?
O Pânico foi o primeiro teste de fogo que eu tive bem no começo da carreira. Um programa de muita audiência, que está disputando com outros programas grandes no horário. Eu vim do teatro e aí, de repente, me vejo com um microfone improvisando na rua. Fiz muita coisa boa, outras não tão boas (risos). Assim como na MTV, quando sai do Pânico, levei grandes amizades. Sempre que precisei da ajuda deles para divulgar um show, eu era muito bem recebido, como um parente. Foi uma relação que não se desgastou. Você sair de portas abertas, e aí depois de oito anos voltar… Sei a pressão que é, mas quero muito dar o meu melhor. Estou bastante focado no programa. Que felicidade estar nele de novo!

Por que veio morar na Barra?
Vim morar na Barra, pois como faço shows agora sexta, sábado e domingo, além de dar uma oficina de stand up comedy, percebi o óbvio: estava trabalhando mais no Rio de Janeiro do que em São Paulo! E, principalmente, porque amo o Rio. Tenho tios, primos, irmãos e mãe que nasceram e foram criados aqui e muito mais importante que isso, a praia! Eu amo surfar!

Como foi sua temporada na Barra? Voltaria morar aqui futuramente?
Acho um belo bairro, uma praia linda e mais tranquila, com espaço na areia entre as pessoas, e perto de outras praias que adoro, como Macumba e Prainha. O único defeito é que, para comprar um pão, tem que andar cerca de 320 quilômetros. Mas nada que umas comprinhas mensais não resolvam. Voltaria a morar aqui, sim.

Quais os lugares de que mais gosta por aqui?
A Barra da Tijuca é uma ótima opção para quem busca lazer, cultura e diversão; e ainda tem um roteiro gastronômico maravilhoso. Como eu vou conseguir emagrecer assim?! Outra coisa bem legal daqui é ver uma grande variedade de esportes que as pessoas praticam. Eu, por exemplo, adoro surfar, mas vejo uma galera no futevôlei, outros no slackline, é sensacional. Assim que acordo, tomo um belo café da manhã e logo vou para praia recarregar as energias. A verdade é que aqui no Rio tem muito lugar para ir, onde você paga um preço justo, pode ir vestido à vontade e é muito bem recebido.

Rapidinhas:
Há quanto tempo é ator?
Sou ator há cerca de dez anos.
Quais os seus ídolos na comédia?
Chaplin, Jim Carrey, Dave Chappelle, Chris Rock, Seinfeld, Monty Python, entre outros.
Pensando alto, se pudesse fazer um trabalho que já foi feito, qual seria?
“O Mundo de Andy”, com o Jim Carrey. Queria ter feito esse filme.
O que indica para os atores que estão começando no ramo?
Tenha o riso como seu alimento e depois ganhar dinheiro e sua ambição, mas, principalmente, divertir uma plateia.
Qual o seu trabalho mais importante, em sua opinião?
Acredito que o programa Longa Metragem na TBS. Não por ser o mais importante, mas por eu ter conseguido fazer valer minhas ideias. Um programa de cinema na TV, com vários curtas-metragens produzidos e um longa no final da série.
Afinal, comediante é talento ou esforço técnico?
Acredito que tem algo em torno de 70% no talento e 30% de esforço técnico, mas isso varia muito! Conheço comediantes que estudaram pouco e são sensacionais e comediantes que estudaram muito e hoje são aceitáveis. Para mim, a técnica ajuda o talento!

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