Utilità: Suas letras contam a realidade do Brasil. Você acha que nosso país está evoluindo?
Leandro Sapucahy: A evolução é uma regra da humanidade, sempre estamos evoluindo. O mais importante é cada um de nós saber que a evolução depende de uma revolução! Nada de luta armada, ou greves e passeatas.
Utilità: De um tempo para cá, você mudou um pouco suas letras. A que se deve esta mudança?
Leandro Sapucahy: Tal qual nosso país, que passou por um período turbulento onde só ouvíamos falar de corrupção, guerra entre morro e asfalto, drogas. Agora, o momento é de prosperidade, paz e amor. Aquele cara da favela mostra que também sabe amar uma mulher, que tem conflitos em suas relações. A vida é assim, feita por ciclos e a arte imita a vida.
Utilità: Você faz parte da nova geração do samba. Como foi a aceitação dos músicos antigos com o seu trabalho?
Leandro Sapucahy: Antes de cantar, trabalhei com muitos deles, pois era auxiliar de produção e músico. Gravei com quase todo mundo do segmento, e sempre tive um ótimo relacionamento com essa galera. Faço o mesmo samba que eles faziam há muito tempo, mas sigo a modernidade, tendências e tecnologias que não podemos desprezar.
Utilità: O que faz para manter a forma?
Leandro Sapucahy: Mantenho a forma naturalmente, jogando meu futevôlei. É um esporte sensacional. Sempre que posso, me reúno com amigos em uma rede no Recreio e passo horas jogando.
Utilità: Como começou na música? Quem o influenciou?
Leandro Sapucahy: Minha mãe cantava o dia inteiro em casa. Antes de se casar, ela era cantora de bailes nos subúrbios do Rio. A música sempre estava presente em nossas refeições, nas festas. Meu irmão mais velho me levou uma vez num pagode e fiquei encantado. No final da noite o líder do grupo me convidou pra voltar na semana seguinte, daí nunca mais parei.
Eleporele
Signo: touro
Maior qualidade: amizade
Maior defeito: teimosia
Prato preferido: churrasco
Um ídolo: Zeca Pagodinho
Um sonho: Ver meus filhos bem e deixar um legado