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Tenista da região é promessa para o esporte

Christian Oliveira3
Foto: Divulgação

 

Com 15 anos, a gente não imagina necessariamente grandes conquistas. Mas não foi isso o que aconteceu na vida do tenista Christian Oliveira. Nascido na Gardênia Azul, comunidade da Zona Oeste do Rio, Christian Oliveira desfaz essa afirmativa. Treinando na Tenis Route, no Recreio, o jovem acaba de ganhar o Campeonato Brasileiro da categoria 16 anos e, nessa semana, figurou pela primeira vez no ranking mundial juvenil ao participar das quartas de final no torneio de Córdoba, Argentina.

Com muita história de superação para contar, o jovem é um dos poucos que comprovam que ainda dá para fazer a diferença tanto no esporte quanto no meio social em nossa cidade. Com uma família ligada ao esporte, Christian deu os primeiros passos no esporte dentro de casa.“Me interessei pelo esporte graças ao meu pai e meu irmão mais velho. Meu pai é professor de tênis e sempre via meu irmão jogar também, gostava de ir ao clube assisti-lo”, relembra.

Conversamos um pouco com Christian nessa entrevista em que ele revela suas inspirações e um pouco do que teve que abdicar para chegar tão longe em sua idade. Confira:

 

Quais foram as principais conquistas que o esporte te proporcionou?

Ganhei três títulos sul-americanos na Bolívia e o Brasileirão de 16 anos este ano, me tornando o número 1 do Brasil, um grande feito pra mim. Ganho bastante experiência de vida, como viagens e conhecimento, o tênis me proporciona isso tudo.

 

Você recebeu apoio dos seus familiares? E da escola?

Sim, minha família sempre me incentivou e apoiou. Por ser uma família ligada ao tênis, isso já ajudou bastante a entender o esporte e saber que é um ótimo caminho de oportunidades na vida. A escola também entende e compreende (estudo na escola Margaret Mee, no Recreio dos Bandeirantes). Treino de manhã e à tarde, e estudo à noite.

 

Você já pensou em outra opção de carreira? Se sim, qual?

Não, nunca pensei em seguir outra carreira.

 

Quais são os sacrifícios que você precisa se prestar para ser um dos melhores na sua faixa etária?

Sacrifícios de um jovem de 15 anos, não poder sair direto com meus amigos, ir para festas, etc., para estar bem para treinar no dia seguinte ou estar viajando para torneios. Em parte, perder minha adolescência, não poder namorar tanto. No Brasil, não há tanto apoio ao tênis, é preciso mais apoio para os meninos se desenvolverem e evoluírem, e o bom é que temos bons jogadores e bons torneios.

 

Se pudesse destacar alguém como incentivador, quem seria?

Meu pai [Glaucier Oliveira, ou Pará] é um grande incentivador, está sempre junto comigo, meu irmão Patrick também.

 

Você saiu de bairro pobre e lutou muito para ser o que é hoje. Quais conselhos você daria para uma criança que está iniciando no esporte em situações similares?

Tem que se dedicar muito, fazer os sacrifícios que citei acima e não deixar de acreditar nunca. É uma batalha diária, mas curto muito a rotina de treinos, jogos e viagens, me empolgo com tudo, mesmo tendo dificuldades na vida como tenho.

 

Hoje,a sua vida é praticamente toda no Recreio. O que você mais gosta no bairro? Quais são os pontos mais legais daqui na sua opinião?

Curto bastante a praia, quando posso vou dar um mergulho. Gosto de ir ao Balada Mix daqui, o dono de lá, Marcos Loureiro, me apoia, ajuda na minha alimentação e ajudou meu irmão Patricka vida toda.

 

Quais suas maiores influências no esporte?

Além de meu pai, meu irmão, o Guga é uma grande influência para todos nós e gosto muito da garra que o Nadal coloca nos jogos dele.

 

Christian ainda recebe apoio de Leonardo Mendes do Sítio Arvoredo de Vargem Grande e da Oi, através da Lei de Incentivo do Governo do Estado.

 

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