Você já se perguntou por que certos pratos parecem ter um sabor “vivo”, profundo e marcante, enquanto outros, com os mesmos ingredientes principais, soam “comuns”? A resposta, muitas vezes, está nas ervas e temperos e, principalmente, no modo e momento certo de utilizá-los.
Como chef de cozinha e responsável por um buffet que valoriza o frescor e a qualidade dos ingredientes, vejo todos os dias como um simples toque de ervas pode transformar uma refeição em uma verdadeira experiência gastronômica.
Hoje, quero te apresentar um pouco desse universo com dicas práticas que você pode aplicar já na sua próxima receita.
Ervas comuns que merecem destaque
Algumas ervas estão sempre na cozinha, mas poucos sabem como realmente usá-las em todo seu potencial:
• Salsinha: Fresca, deve ser adicionada ao final do preparo ou como finalização para preservar seu sabor verde e fresco.
• Cebolinha: Ideal para finalizar pratos quentes e saladas, trazendo um toque suave de frescor.
• Manjericão: Delicado e aromático, o manjericão não resiste a longos cozimentos. Use-o fresco, apenas nos minutos finais ou como toque final sobre massas, molhos e pizzas.
Ervas diferentes que você precisa conhecer
Agora, vamos além do básico e aqui começa a magia:
• Tomilho-limão: Uma variação do tomilho comum, com notas cítricas delicadas. Perfeito para peixes e legumes assados. Pode ser usado desde o início do preparo em fogo brando.
• Segurelha (Summer Savory): Pouco conhecida, tem um sabor levemente apimentado e é ótima para temperar carnes suínas e feijões.
• Verbena-cidreira: Diferente da erva-cidreira comum, sua fragrância cítrica e floral combina com marinadas, molhos para peixes e até sobremesas.
• Santolina: Com notas que lembram levemente a alcachofra, é excelente para dar um toque especial a risotos e pratos com cogumelos.
• Manjerona: Prima suave do orégano, com aroma mais doce. Use-a fresca no final do preparo de carnes brancas, vegetais e molhos brancos.
O momento certo: quando colocar as ervas?
Aqui está um segredo que muitos não sabem: o tempo de adição das ervas muda completamente o resultado final.
• Ervas resistentes ao calor (alecrim, tomilho, louro): Podem ser adicionadas no início do cozimento, liberando sabor aos poucos.
• Ervas delicadas (manjericão, salsinha, cebolinha, coentro, manjerona): Devem ser usadas apenas no final do preparo ou como finalização para manter seu frescor.
• Ervas secas: Recomendadas para pratos de cozimento longo, como ensopados e caldos. Devem ser adicionadas no início para reidratar e liberar seus óleos essenciais.
Muito Além do Sabor. A Cozinha como Experiência
Entender as ervas é um convite a uma cozinha mais consciente e criativa. No meu trabalho à frente do Buffet Denise Capela, não apenas elaboro cardápios, mas construo experiências sensoriais onde cada detalhe tem um porquê.
E você não precisa ser chef para começar a brincar com essas nuances: comece escolhendo uma erva diferente na feira, explore novas combinações, e perceba como até um simples arroz branco pode ganhar vida nova com um toque de tomilho-limão ou salsinha fresca no momento certo.
A cozinha é, antes de tudo, um ato de carinho. E as ervas, o segredo silencioso que transforma.
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Artigo de Denise Capela, chef de cuisine formada pelo Le Cordon Bleu, empreendedora, mentora e apaixonada por transformar refeições em experiências memoráveis.
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