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“Mãe” de reborn processa empresa por ter licença-maternidade negada. O que tudo isso tem a ver com assessoria de imprensa?

Acabei de ler uma notícia sobre uma mulher que processou a empresa onde trabalha por ter licença-maternidade para cuidar de uma boneca reborn negada e vi comentários questionando: “a quem serve noticiar isso? Por que noticiar?”. Essas perguntas são válidas e a resposta envolve vários fatores, principalmente o papel do assessor de imprensa, jornalista que é.

 

Vamos começar do começo. Primeiro, o caso atende a critérios de noticiabilidade: é inédito, desperta interesse humano pela peculiaridade e envolve um conflito (judicial e social). O “estranho” chama a atenção.

 

Segundo, a imprensa tem interesses próprios. Notícias inusitadas geram cliques, compartilhamentos e audiência. A competição por atenção favorece pautas que se destacam.

 

Terceiro, as redes sociais amplificam tudo. Histórias assim viralizam rápido, muitas vezes pautando a mídia tradicional e alimentando o debate. O que bomba online gera audiência e o jornalismo pega carona, porque vive da publicidade $$$.

 

Mas o ponto importante é que mesmo casos bizarros podem (e devem) levantar questões mais profundas: saúde mental, novas formas de afeto, os limites da legislação trabalhista, o conceito de cuidado. O bom jornalismo, quando tem oportunidade e recursos, busca essa camada extra de análise.

 

É neste ponto que o assessor de imprensa, profissional que geralmente tem formação em jornalismo e compreende as rotinas e necessidades da redação, desempenha um papel fundamental e muitas vezes proativo. Não se trata apenas de reagir a demandas, mas de identificar oportunidades em pautas que, à primeira vista, podem não ter relação direta com seu cliente ou organização.

 

Percebendo o potencial de debate que uma notícia como a da boneca reborn pode gerar, o assessor monitora a repercussão e avalia como a expertise de seu assessorado pode agregar valor à discussão pública. Ele pode, então, conectar o jornalista de redação a fontes qualificadas – o especialista que representa, um acadêmico parceiro, um profissional com visão relevante – para analisar o tema com profundidade.

 

Essa conexão vai além de simplesmente fornecer um contato. O assessor prepara o terreno: oferece dados preliminares, sugere ângulos de abordagem que alinham o interesse jornalístico à expertise da fonte, facilita a logística da entrevista e fornece material de apoio. Ele atua como uma ponte, traduzindo a complexidade de um tema técnico ou acadêmico para uma linguagem acessível ao jornalista e, consequentemente, ao público.

 

Ao fazer isso, o assessor não apenas promove seu cliente, mas contribui para a qualificação do debate público. Ele ajuda a transformar uma notícia potencialmente efêmera em um ponto de partida para uma reflexão mais consistente e informada. Ele auxilia a imprensa a cumprir seu papel de contextualizar a realidade, oferecendo os recursos intelectuais para ir além da superfície do fato inusitado.

 

E você? Já pensou em ser fonte para jornalistas? Percebe a sua importância? Por isso que fiz este texto, para que você possa notar o peso do seu trabalho no noticiário.

 

Eu sou Rafaela Tayão, jornalista, assessora de comunicação e meu trabalho é te colocar na imprensa, fazer planejamento estratégico de comunicacao para o seu negócio e produzir conteúdo. Me chame no zap para conversarmos.

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