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Xá transgride questões sociais e políticas que afligem “minorias”

Após 26 anos da estreia em Chiquititas, fazendo o icônico personagem Tatu, XÁ, que também fez “Marisol” no SBT e “Balacobaco”, na Record, lança suas primeiras canções em 4 superproduções de vídeo-clipes inéditos que dão o devido protagonismo aos Povos Originários e às comunidades periféricas, LGBTQIA+ e surda!

Os clipes e o lançamento como cantor de suas próprias composições fazem parte da comemoração de seus 30 anos de carreira e 40 de idade, que serão completados neste 2024.

Grito de despertar!

Como primeiro single de trabalho, a composição própria escolhida foi um samba político, inspirado numa fala de Elza Soares e, após, cantado para ela, acompanhada por um RAP (feat. MC Kaluaê). A música chamada Remédio Bão. foi gravada na Comunidade do Terreirão, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Remédio Bão mostra a história de um jovem entorpecido de uma comuna, que encontra em si, através de sua fé, o poder de enxergar a riqueza que existe dentro dele e na favela. Sobretudo a riqueza humana. E é aí que sua vida e de seu entorno se transformam. Esse clipe é uma bomba para destruir o conceito de dinheiro com riqueza ou pobreza. Pra mim, a riqueza está na percepção das bençãos disponíveis, ainda que estejam grafadas nas linhas mais tortas. Quando ouvi a Elza, mulher preta, idosa e de origem simples bradar que “Cantar ainda é um remédio bom. É a solução pra qualquer dor!” a música veio inteira como um grito de despertar!

Xá

No dia 19 de abril, dia dos Povos Originários, XÁ lançou um evento na Casa de Cultura Laura Alvim e em seu canal na Internet, o segundo clipe, a obra prima Filho do Rei, com a participação de pajés do Povo Huni Kuin.

Apreciado e festejado por integrantes de diferentes povos, “Filho do Rei” fala sobre ancestralidade, miscigenação e a importância da floresta e seu devido respeito para a vida, a saúde e o bem estar global. O clipe documenta, inclusive, uma experimentação medicinal do artista, guiada pelo Paje Isaka e Cacique Txaná Dua Ninawa.

Eu sou filho do rei,

sou herdeiro da Floresta!

Quem sou, sou eu que sei…

Nativo caí à pó.

“Essa música começa com a frase mais poderosa para a humanidade “Eu sou!”. Ela evoca uma consciência concreta, contemporânea, ancestral e moderna ao mesmo tempo. Somos seres espirituais e materiais. Essa matéria, mater, Deusa-Mãe, tem seu espírito vivo na Floresta, nas Águas, na Terra, é nosso corpo.. Enquanto o masculino, Deus-Pai, semeia nosso espírito aqui. A integração entre masculino e feminino, espírito e matéria em equilíbrio harmonioso é o que mais podemos aprender com a ancestralidade que nos possui, com o sangue indígena, africano e europeu, misturados, que correm em nossas veias. Pô, o Brasil é exuberância de cor! É natureza paradisíaca! Tá na hora da gente ser exemplo de beleza pro mundo todo!”

Filho do Rei também chama atenção para a importância da valorização, proteção e permanência dos povos originários dessa Terra, em demarcações respeitosas do Poder Público.

Novidades:

Mais 2 clipes serão lançados ainda neste semestre:

“Magnético”, que aborda a liberdade e o poder quando assumimos ser quem realmente somos. Gravado no Solar de Botafogo, o clipe conta com a participação da Drag Eva, interpretada pelo renomado fotógrafo e artista Pino Gomes;

“Inclassificáveis! Estamos em constante movimento e somos muita coisa para caber numa caixinha. Se há algo que nos iguala é que somos todos diversos e isso é magnífico!”, complementa XÁ.

E “Bem-te-vi”, canção que fala sobre cantar e ser ouvido e foi gravada com a música interpretada em gestos e Libras, pelo próprio artista, que compôs a música de uma tacada só ao se deparar com um bem-te-vi empoleirado no Jardim Botânico de Curitiba.

“Quando vi aquele majestoso pássaro, já me expressei cantando: se você perceber a beleza que tem, só de existir já vai ficar bem…”

As atrizes Fernanda Souza e Aretha Oliveira foram as primeiras a ouvirem essa canção e responderam com firmeza: Grave!

“Eu não sou intérprete de Libras, mas senti que essa canção, que fala de escuta, tinha que ter linguagens de sinais e gestuais, afim de que pudessem ser compreendidas por todos. Não só literalmente quanto sensorialmente também.”

A direção de todos os clipes é do cineasta argentino Cristian de Ciancio em co-direção com Carluz (também empresário do Artista), imagens e edição de Felipe Moura, produção, da Bituin Filmes, de Florianópolis e artes visuais de Fael Mendes

Filho do Rei

XÁ cantando ao vivo: https://abrir.link/OLUqh

Clipe Youtube: Lançamento 19/04.

Remédio Bão

Fotos: Felipe Moura/Divulgação

Redes Sociais XÁ ∞ https://linktr.ee/xa.real

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