O III Falem da Zona Oeste é um curso de Redes e Práticas colaborativas, através de trocas de experiências e narrativas. O projeto acontecerá 100% online, de setembro a novembro, com encontros às segundas-feiras, às 19h.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.vivazonaoeste.com.br . Viva Zona Oeste é uma organização da sociedade civil que realiza o seu trabalho desde 2008, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Já realizou ações culturais, como feiras em espaços públicos, com a participação de mais de 300 agentes do território e escutas territoriais com a participação de mais de 26 diferentes setores da cultura, promovendo diálogo e construções colaborativas.
Em sua história, Viva Zona Oeste também realizou palcos abertos gratuitos, que reuniu artistas locais para democratização e acesso à cultura prioritariamente voltados para público do próprio território, através de parcerias com equipamentos culturais.
Agora, no III Falem da Zona Oeste, em mais uma iniciativa inédita, visa estimular construções de redes entre agentes. Este projeto conta com recursos do Ministério do Turismo e da Secretaria Especial da Cultura.
Entre os convidados está a Dra. Luciana Guilherme que abre o curso no dia 06 de setembro, com o tema: “Cultura de Rede – Redes e sistemas territoriais”.
Em seguida, contaremos com a participação de Thiago Vinicius, empreendedor social da Agência Solano Trindade (SP), com o tema: “Redes, dinâmicas, ciclos e cadeias econômicas centro-periféricas” e finalizando o contaremos com a participação da Georgia Nicolau do Instituto Prócomum (SP), que falará sobre “Empreendimentos e modelos organizacionais em rede / práticas colaborativas e solidárias”.
“Em muitas experiências de capacitações nos deparamos com modelos econômicos que exigem um alto poder de consumo cultural que muitas vezes não é a realidade em territórios periféricos e essas capacitações não se validam”, explica o produtor executivo do projeto, Vinicius Longo e complementa:
“Além das trocas de experiência com pesquisadores que trabalham com esses territórios periféricos e seus respectivos públicos, convidamos agentes comunitários, como quilombos, aldeias indígenas e outras organizações coletivas que a partir dos seus fazeres se tornam parte da cidade, como as rodas de samba, as rodas de rima, centros culturais locais e outras organizações que envolvem além da prática cultural, o desenvolvimento social cultural local”.
Os participantes da Rodas de Conversa são: Viva Zona Oeste, Aldeia Pataxó HâHãHãe (Paraty/RJ), Quilombo Aquilah, Rede Carioca de Rodas de Samba, Liga das Rodas Culturais do Estado do Rio de Janeiro, Instituto Black Bom, Fórum dos Pontos de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.
Contam ainda com a participação das Comissões de Cultura do o Estado e da cidade do Rio de Janeiro.
“É dar voz e vez aos agentes periféricos e continuar trabalhando em parceria com o poder legislativo para cobrar e trabalhar em melhor desenvolvimento com o poder executivo, tendo em vista que a Zona Oeste do Rio de Janeiro representa aproximadamente 50% da cidade e mais de 3 milhões de cidadãos e não apresenta as mesmas realidades dos outros territórios, em termos de investimentos e equipamentos culturais. Nosso objetivo é alcançar uma cidadania cultural e direito à cidade”, explica Fernanda Rocha, coordenadora do projeto.