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Ansiedade patológica x Ansiedade adaptativa

A ansiedade é uma emoção humana comum, que surge diante de situações percebidas como ameaçadoras, novas ou desafiadoras.

Ela é considerada uma resposta adaptativa, pois prepara o organismo para lidar com o perigo, aumentando o estado de alerta e promovendo comportamentos de enfrentamento.

No entanto, quando essa resposta se torna exagerada, persistente e interfere negativamente no cotidiano, pode caracterizar um transtorno de ansiedade.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM-5), os transtornos de ansiedade constituem um grupo de condições mentais em que o medo e a ansiedade são os principais sintomas, gerando sofrimento clínico significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

É importante compreender os sinais que indicam quando a ansiedade ultrapassa os limites da normalidade e se transforma em um transtorno. Em geral, isso ocorre quando a preocupação é excessiva, desproporcional à realidade da situação e difícil de controlar.

Ansiedade
Michele Silveira, é Psicóloga, especialista em Transtorno de Ansiedade e Logoterapeuta.

No caso do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), por exemplo, o DSM-5 estabelece que os sintomas devem estar presentes na maioria dos dias durante pelo menos seis meses, abrangendo uma variedade de eventos ou atividades.

Além disso, essa preocupação precisa estar associada a sintomas físicos e cognitivos como inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e perturbações do sono.
Outro critério fundamental é o impacto funcional.

A ansiedade se torna patológica quando começa a interferir de maneira significativa na vida do indivíduo, impedindo-o de realizar tarefas rotineiras, desempenhar seu trabalho, manter relacionamentos ou aproveitar atividades prazerosas. Enquanto a ansiedade considerada normal é pontual e proporcional ao evento, o transtorno de ansiedade se caracteriza pela persistência, intensidade e dificuldade de controle. Em muitos casos, o indivíduo reconhece que sua preocupação é excessiva, mas ainda assim não consegue interrompê-la.

A identificação precoce é fundamental para o tratamento eficaz. Em alguns casos, o uso de medicação pode ser indicado. A combinação entre psicoterapia, apoio psicoeducacional e mudanças no estilo de vida, como sono adequado, prática de exercícios físicos, alimentação saudável e técnicas de relaxamento, tende a apresentar bons resultados.

Portanto, embora a ansiedade faça parte da experiência humana, é essencial estar atento quando ela se mostra excessiva, constante e prejudicial. O sofrimento intenso, a perda de funcionalidade e a dificuldade de controle são sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar ajuda profissional.

O diagnóstico criterioso possibilita intervenções mais adequadas e eficazes, contribuindo para a qualidade de vida e o bem-estar emocional dos indivíduos que enfrentam esse transtorno.

Ansiedade Artigo de Michele Silveira, Psicóloga, especialista em Transtorno de Ansiedade e Logoterapeuta.

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