Sem o cérebro, o corpo não funciona. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum o Alzheimer. A doença ainda não tem cura e hoje alguns tratamentos retardam sua evolução.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que 100 mil casos são diagnosticados por ano e hoje, e em torno de 1 milhão de pessoas possuem o problema.
Diante desses dados e do envelhecimento da população, é cada vez mais importante cuidar da saúde do nosso cérebro. Muitos sintomas da falta de memória podem ser minimizados com uma melhor alimentação, pratica de atividades físicas, uma vida social com familiares e amigos e uma mente ativa. Mesmo que a pessoa não apresente sintomas de algum mal degenerativo é importante cuidar do cérebro para que ele envelheça bem.
O primeiro passo para ter uma mente sadia é cuidar de sua alimentação. A pessoa é o que se come. Uma alimentação pobre em fibras e rica em gordura acaba resultando no entupimento de artérias importantes e isso pode acarretar em prejuízo para a vascularização cerebral.
Pratique exercícios. Mesmo aqueles que já apresentam algum déficit de cognição, não devem nunca abandonar os exercícios.
Quando se faz uma atividade física, o coração bate mais forte e há um aumento do fluxo de sangue no cérebro, aumentando a oxigenação. Isso faz com que haja uma melhor irrigação em áreas do cérebro que estavam hipoativas e isso traz um ganho no raciocínio.
Uma vida social ativa faz com que a pessoa tenha uma menor probabilidade de desenvolver depressão, que e muito maléfica para o cérebro. Sair com os amigos e familiares, rir e estar sempre otimista perante a vida é muito bom. Manter o cérebro ativo é muito importante. Estar sempre aprendendo algo novo.
Uma língua, um instrumento musical, isso traz um ganho enorme para a plasticidade cerebral. Jogos de tabuleiro e palavras cruzadas também estimulam o cérebro, além de proporcionar melhora na coordenação motora, na agilidade, no raciocínio lógico e na atenção.
A hidratação também é muito importante. Pessoas com mais de 60 anos sofrem uma diminuição do número e da sensibilidade de receptores corporais que controlam a sede. Sem perceber, eles sentem menos vontade de beber água – mas o corpo continua necessitando de uma boa quantidade de líquidos para que todo o organismo funcione bem.
* Artigo do colunista Andre Lima, neurologista diretor da Neurovida. Membro da Academia Brasileira de Neurologia.