Estima-se que 73 milhões de brasileiros sofram com problemas de sono e um médio de 58 milhões sofram com zumbido, além dos números assustadores ambos os problemas podem gerar graves sequelas na saúde física, emocional e social.
É realmente impressionante, como essas duas queixas se relacionam. O zumbido é um som sem fonte externa, isso significa, que está dentro do sistema auditivo, e se apresenta de várias maneiras, como apito, cigarra, marteladas, motor de geladeira e, na maioria das vezes sem o “botão de desligar”.
Sendo assim, podemos imaginar o desespero de um sujeito que trabalhou o dia inteiro e quer descansar, ainda assim tem apito alto, dentro da sua cabeça, ou até mesmo um estudante que quer se concentrar, mas as marteladas dentro do seu ouvido não cessam.
O zumbido tem aumento da percepção à noite, principalmente em virtude do silêncio do ambiente. Sendo assim, os que sofrem com o problema, podem desenvolver fobia da noite, criando uma série de problemas físicos, como hipertensão, obesidade, síndromes metabólicas em virtude desse som perturbador, além de depressão e melancolia severa.
Em todos os casos o zumbido deve ser precocemente diagnosticado e tratado, junto às insônias provocadas pelo barulho, além do uso de medicamentos, a terapia cognitivo comportamental pode ser uma boa opção para o tratamento. E, quanto ao zumbido descobrir a causa, pode ser o primeiro grande passo para o sucesso no tratamento.
* Artigo publicado pelo colunista Bruno Dutra, audiologista em otoneurologia e presidente do Instituto de Pesquisa em Audição.