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Dislexia: saiba como o cérebro funciona

A fluencia leitora é a habilidade de ler com velocidade adequada, de maneira a permitir que o leitor forme uma ideia sobre o texto. Todos nós temos uma memória ‘’operacional’’ do aqui e do agora, que usamos para processar o que acontece em cada momento.

Recreio
Quando aprendemos algo novo o cérebro forma circuitos que são ativados para resolver ou repetir a solução do desafio.

Imagine sobrecarregar esta memória com uma leitura lenta, difícil. Ao chegar no final do texto, não ter a ideia principal do que leu, ou seja não compreendeu. Esta é a dificuldade da criança disléxica. Não é preguiça, não é invenção ou mesmo desculpas.

Temos que lembrar, que nosso cérebro não é programado biologicamente para ler. Ele é, isso sim, programado para compreender a oralidade. A leitura é uma aquisição cultural, que depende de aprendizagem. Em algumas pessoas, as adaptações necessárias para aprender a ler ocorrem com alguma dificuldade.

A dislexia ocorre em crianças, que apresentam condições normais de aprendizado. São crianças sem déficit cognitivo, sem alguma outra limitação. Porém, diferentemente de seus colegas, elas leem devagar e, portanto,com dificuldade de compreender.

No cérebro, a dislexia está relacionada com adaptação que precisa acontecer. Quando aprendemos algo novo e praticamos e desenvolvemos nossas habilidades, o cérebro forma com essa prática circuitos que são ativados para resolver ou repetir a solução do desafio. Ele ‘’aprende’’ quais regiões tem de ativar para conexão. A palavra-chave na dislexia é fluencia.

* Artigo publicado pela colunista Regina Marques Gonçalves, neuropedagoga.

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