Quando alguém perde um dente, é comum imaginar que o maior impacto está na estética— um espaço aparecendo, um incômodo ao falar ou um detalhe que mexe com a autoestima. Mas a verdade é muito mais profunda: a perda dentária altera a forma como a boca funciona, influencia a mastigação, prejudica a digestão e pode desencadear uma série de adaptações que afetam o corpo inteiro.
E o mais perigoso é que boa parte dessas mudanças acontece de forma silenciosa, sem dor, sem aviso e, por isso, é frequentemente ignorada.
Cada dente cumpre um papel específico na mastigação. Quando falta um elemento, o equilíbrio se perde. Os dentes vizinhos começam a se mover para tentar “fechar” o espaço, a mordida deixa de se encaixar corretamente e músculos que antes trabalhavam em harmonia passam a compensar a ausência. O que isso significa na prática? Menos força para triturar os alimentos, mais esforço ao mastigar e dentes sendo sobrecarregados.

Com o tempo, o alimento chega ao estômago menos triturado, dificultando a digestão. Isso pode gerar sensação de peso, refluxo, fermentação e até alteração no ritmo intestinal. A boca é o começo de todo o processo digestivo, e quando essa etapa não é bem-feita, o corpo inteiro precisa se adaptar — nem sempre de forma saudável.
Outro problema importante é a perda óssea. Sem o dente, o osso deixa de receber estímulo e começa a se reabsorver. Esse processo é contínuo e pode comprometer a estrutura facial, a estabilidade dos dentes ao lado e, futuramente, até inviabilizar tratamentos como o implante, exigindo enxertos e procedimentos mais complexos.
A boa notícia é que existem tratamentos eficazes para recuperar função e preservar a saúde geral — implantes, próteses fixas ou móveis. O essencial é entender que a perda dentária não é apenas um detalhe estético: ela interfere diretamente na saúde, na alimentação, no bem-estar e na qualidade de vida.
Cuidar de um dente perdido é um gesto de autocuidado. É garantir que sua boca continue funcionando da forma para a qual foi criada: com equilíbrio, força e saúde.
* Dra. Bárbara Galdeano é cirurgiã-dentista com mais de 20 anos de experiência clínica. Fundadora da Galdeano Odontologia & Saúde, é idealizadora do Programa ECOA, um modelo de atenção odontológica focado na prevenção, acolhimento e educação do paciente.
Reconhecida por sua atuação ética, humanizada e atualizada com as inovações da odontologia digital, acredita que a saúde bucal é parte essencial da saúde geral e deve ser promovida com proximidade, escuta e propósito.
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