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Conheça os riscos do uso constante de calçados apertados

Verão chegando e é hora de colocar os pés para fora! Calçados, andálias, chinelos e até mesmo pés descalços são mais comuns nessa época do ano. Mas o uso de calçados apertados, saltos altos, bicos finos, dentre outros inadequados podem acabar causando deformidades irreversíveis com tratamentos convencionais, sendo necessário recorrer a cirurgias para a correção.

A mais procurada é a cirurgia do joanete, que é coberta pelo SUS para casos mais graves. Existem, no entanto, técnicas mais modernas e menos invasivas, uma delas é a cirurgia percutânea, mais conhecida como cirurgia plástica do pé, que é minimamente invasiva e tem uma recuperação mais rápida.

Calçados, Médico, Recreio dos Bandeirantes Barra da Tijuca
O novo colunista do Pontal Utilità é o Dr. André Perin, médico do Istitudo de Traumatologia e ortopedia.

A cirurgia percutânea é uma técnica usada para tratamentos das deformidades do pé, não só joanetes, através de mini incisões (de 2 a 3 milímetros). O ortopedista especialista em pé e um dos pioneiros no procedimento no Brasil, André Perin explica “Entre as vantagens estão: pouca ou nenhuma dor pós-operatório, reabilitação mais precoce, permite apoio imediato, menos problemas de cicatrização (diabéticos, idosos, varizes) e menor taxa de infecção quando comparadas às técnicas convencionais (cirurgia aberta)”.

Cerca de 25 a 30% da população têm joanete. A deformidade óssea é causada pelo desvio lateral do hálux (dedão do pé), provocando uma saliência óssea proeminente e dolorosa, dificultando o uso de calçados, caminhadas e as atividades diárias. Segundo André Perin Shecaira, ortopedista do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, além do uso de calçados inadequados, existem outros fatores desencadeantes para a doença: “Fatores degenerativos (gota, artrite reumatóide); hereditariedade (herança familiar, pé plano); alterações neurológicas (Acidente Vascular Cerebral – AVC, paralisia cerebral, trauma em coluna (medular); fatores anatômicos como, por exemplo, o formato egípcio dos pés, onde o 1º dedo ou “dedão” é maior que os demais, gerando instabilidade).

O médico, que é especialista em pé e pioneiro na cirurgia percutânea, dá dicas para evitar deformações e tratar os casos mais leves “Existem medidas que previnem as deformidades nos pés, com: Fazer atividades físicas que trabalhem a musculatura,  evitar calçados que afunilam na ponta dos dedos e favoreçam deformidades também. Além disso, o uso de palmilhas ortopédicas podem equilibrar melhor os pés.” pontua André.

Para identificar se o caso da deformidade é cirúrgico e qual tratamento se deve usar é preciso ir a um médico especialista. “Sempre que as deformidades causem dor ou estejam se agravando, o paciente deve procurar um médico.  Em alguns casos, palmilhas e órteses podem impedir a progressão. Mas há situações em que somente a cirurgia pode reparar as deformidades” intera o especialista.

* Artigo do colunista André Perin, médico do Istitudo de Traumatologia e ortopedia.

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