A crise de pânico é denominado por ansiedade generalizada, repentina e intensa com forte sensação de medo e mal-estar somados a sintomas físicos (falta de ar, taquicardia, tremor, agitação, dentre outros).
As crises podem ocorrer em qualquer lugar ou momento, durando em média de 15 a 30 minutos. A sensação é de morte iminente, é como se o cérebro entendesse que está em uma floresta correndo de um leão, sendo assim existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça que na realidade não existe.
É um desequilíbrio na produção de neurotransmissores. Os indivíduos podem apresentar um quadro chamado ansiedade antecipatória, gerando assim um comportamento em que evitar as situações que ela associa à ocorrência de ataques de pânico anteriores.
O diagnóstico baseia-se na descrição dos ataques feitos pela pessoa e no medo que manifestam de futuros ataques. O tratamento deve incluir medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e psicoterapia. O tratamento medicamentoso deve ter a duração de cerca de um ano associado a terapia. A rede de apoio do paciente deve também estar consciente da doença e saber como agir nas situações de crise.
Para superar uma crise de pânico, o paciente deve se acalmar e saber que a doença tem começo, meio e fim. Existem inúmeros exercícios para se auto acalmar e trazer consciência para realidade. São eles: exercícios respiratórios, meditação, distrair o cérebro através de sensações, relembrar um momento vivido que traga sensação de acolhimento e segurança, entre outros. O importante é ser gentil consigo mesmo, saber que vai passar e tem tratamento. Conhecer o inimigo é a melhor forma de lidar com ele.
* Artigo publicado pela colunista Vanessa Gil, médica neurologista.
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