Lúpus, uma doença grave que acomete mulheres jovens, em idade fértil, pode comprometer não só o aspecto físico como emocional, laboral, e social. A doença é uma das mais sistêmicas dentro da classe das doenças de autoimunidade, e pode desenvolver problemas graves em literalmente todos os órgãos e sistemas do corpo.
O nome lúpus vem do latim e significa lobo, pelo aspecto de lobo que uma grande parte das pacientes pode apresentar na face, com o que chamamos de rash em asa de borboleta, tendo sido este animal, mais simpático que o lobo, tomado como o símbolo da doença, por representar também a delicadeza e a liberdade.
O lúpus também ocorre em homens e crianças, assim como nos idosos, mas a sua expressão mais grave é nas mulheres jovens. Quando há acometimento cerebral e renal, pode levar, inclusive, a lesões irreversíveis, e até a hemodiálise.
O diagnóstico do lúpus é relativamente simples, e conta com exames laboratoriais específicos, além de critérios clínicos, todos já bem definidos pela Sociedade Brasileira de Reumatologia.
O tratamento do lúpus é complexo, tem que ser individualizado, e já conta com um grande arsenal terapêutico, que vai desde antimaláricos como a Hidroxicloroquina (que, aliás, no momento está sendo estudada para o envolvimento cerebral dos bebês com zika), quimioterápico imunossupressores como a Azathioprina, Ciclofosfamida, o Metotrexate, e, como última aquisição para o arsenal terapêutico, o imunobiológico Belimumabe.