A epidemia trouxe para os países um desafio, como manter as contas empresariais em dia mesmo com o comércio paralisado? O Governo brasileiro adotou a medida do auxílio emergencial, para aqueles trabalhadores informais ou desempregados, entretanto Penha Pereira, economista e gestora de carreira, afirma que R$600 por pessoa não é suficiente para manter as contas e o comércio funcionando.
As empresas então podem recorrer a outro método, o empréstimo. A economista apresenta que mesmo que os empréstimos estejam em juros favoráveis é insuficiente, uma vez que as empresas estão paradas, gerando custos, recolhendo impostos, não tendo atividade, um empréstimo, acaba se transformando em outra dívida, e essa operação poderá matar a empresa por inadimplência.
Em meu entender, a iniciativa de se priorizar negociações com pequenas empresas é interessante, porém o mercado não funciona assim por muito tempo, já que vivemos em uma economia que se intitula liberal. Então, a ajuda governamental não pode cair na armadilha do assistencialismo, o mercado é livre e o investidor vai onde lhe interessa.
Para que o trabalhador não fique com dívidas ou venha a fechar o seu negócio por falta de capital, outras medidas deverão ser tomadas. Poderiam ser lançados títulos do setor de pequenas empresas para fomentar recursos que não se tornariam dívidas dessas instituições. O Governo poderia criar um papel semelhante a uma LCI, para obtenção de fundos para respaldo das pequenas empresas no longo prazo.
Outra medida, poderia ser a criação de um fundo de contingência, garantidor de pequenas empresas e autônomos, com o lastro vindo, por exemplo, de um percentual de loterias, ou ainda de uma parte dos depósitos compulsórios dos Bancos, o que não impactaria o tesouro. O empréstimo no momento pode não ser a melhor opção, por isso, fique atento aos comunicados do Governo em relação as pequenas empresas, um auxilio empresarial poderá convir.