Os números oficiais mostram que o Brasil não atingiu a meta para nenhuma das principais vacinas indicadas para as crianças. Os dados divulgados recentemente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, evidenciaram que a cobertura vacinal na faixa etária pediátrica no país está em torno de 51%, quando o ideal é que essa meta atinja em média 90-95%. A hipótese é que essa baixa seja, entre outros possíveis fatores, também um impacto da pandemia e consequente distanciamento do usuário do sistema de saúde e reflita de forma mais expressiva a má adesão as vacinas.
Uma consequência importante do baixo índice de vacinação é o fato de propiciar o retorno de doenças já erradicadas, como por exemplo o sarampo, ou daquelas que não tinham números significativos de casos. Isso pode acarretar um aumento das taxas de hospitalizações e sobrecarga do sistema de saúde. Além de óbitos.
Nos primeiros anos de vida é muito importante que a criança tenha a sua caderneta de vacinação em dia. A faixa etária pediátrica é especialmente mais suscetível ao acometimento de algumas doenças, pelo sistema imunológico imaturo e chance de infecções potencialmente mais graves. A vacina é uma forma segura e eficaz de produzir resposta imunológica através da produção de anticorpos, que irão reconhecer os agentes causadores das doenças, e dessa forma vão ser capazes de combatê-los.
A baixa cobertura vacinal potencializa o risco de acometimento de infecções concomitantes. Indivíduos adultos e crianças com situações especiais que configuram grupo de risco para COVID, em geral também possuem maior risco de desenvolver outras infecções, que podem ser evitáveis através das vacinas.
É importante que os pais e responsáveis mantenham o cartão vacinal atualizado e busquem informações com os profissionais de saúde sobre as possíveis dúvidas, reações adversas, contra indicações e faixa etária ideal para aplicação, para otimizar a proteção das crianças de doenças evitáveis, através das vacinas.
