Uma imagem esculpida em pedra, datada de 350 AC, e que hoje pode ser vista em um museu de Atenas, mostra de maneira clara uma perna masculina com varizes. A história desta doença remonta muito provavelmente a 1550 A.C., data atribuída ao papiro de Ebers, um dos mais antigos documentos sobre Medicina Egípcia. Ao longo do tempo, vemos relatos de cirurgias e terapias com pequenas incisões e cauterizações. Hoje, a preocupação com os problemas circulatórios ainda está presente, porém são enormes os avanços nos métodos utilizados em tratamentos.
Varizes estão presentes em 40% da população adulta no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro. Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que em torno de 30% da população mundial possui dilatação nas veias. O problema pode aparecer em qualquer idade, mas é na faixa dos 30 anos, a fase mais comum do surgimento de vasos e vasinhos nas pernas. As mulheres são as maiores vítimas pela característica hormonal, gestação, uso prolongado de salto alto, mas é a hereditariedade que vai ser, muitas vezes, determinante no aparecimento das alterações nas veias. Por isso a importância de fazer um check-up vascular, para detectar o aparecimento de doenças, tanto no sistema venoso como no arterial. Hoje são várias as opções para cada caso.
O tratamento de varizes ou vasinhos , seja com espuma, escleroterapia ou cirúrgico, é individualizado e deve ser feito por um profissional qualificado. Para que haja um bom resultado clínico e estético, a indicação da melhor técnica a ser empregada é definida de acordo com o tipo de varizes, cor de pele, idade, existência ou não de insuficiência venosa e condições clínicas gerais. O laser é um tratamento moderno e seguro que pode ser utilizado na maioria dos pacientes. Sua associação com técnicas convencionais traz um resultado ainda mais satisfatório com mais conforto, com menos hematomas e o paciente pode voltar a pegar sol em pouco tempo.
Uma das novidades é o Clacs (crio laser e crio escleroterapia) que combina duas técnicas: a ação do laser com a criosescleroterapia. O uso do Clacs potencializa tanto o efeito da escleroterapia quanto do laser. A crioescleroterapia é uma escleroterapia que é realizada com um líquido a menos 40 graus. Associando a ação do gelo (que é física) e uma ação química, ocorre a destruição do vaso doente e uma posterior absorção do mesmo. Já o laser, através da emissão de energia, também irá favorecer no desaparecimento das varizes. Quando conseguimos associar as duas técnicas, temos um efeito mais eficiente com doses menos agressivas ao organismo.
Porém nada melhor do que a prevenção do problema. Ter uma alimentação equilibrada, beber bastante líquido, controlar o peso, sempre consultar um ginecologista antes de fazer uso de hormônios e evitar ter uma vida sedentária são algumas medidas.