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Impacto da nacionalização de equipamentos nas indústrias brasileiras

O cenário Brasileiro hoje enfrenta uma carga tributária muito alta para a importação de peças e equipamentos para a indústria. Os altos níveis de importação refletem no aumento das reservas de moeda estrangeira e isso acaba afetando o valor da moeda nacional, impacta na inflação e nas taxas de juros do nosso país.

A nacionalização de peças e equipamentos é uma saída para conseguir preços competitivos, sem deixar de ter qualidade e tecnologia.

Além dos valores tributários, variações cambiais, há também o tempo hábil para entrega, que pode ser comprometido muitas vezes pela burocracia de “desembaraçamento” portuário desses itens

Tudo isso somado à uma demanda quase sempre urgente de restabelecer um equipamento parado por falta de uma peça específica.

Durante minha carreira, optei por me qualificar nessa função, trabalhando em multinacionais que sempre utilizavam tecnologia de países estrangeiros, com uma gama de processos e equipamentos diversos, via ali uma lacuna para avançar na nacionalização de peças, pois me deparava todos os dias, com as dificuldades de conseguir prazos e valores para esses itens.

Utilizando tecnologia nacional, associados a fornecedores locais, conseguimos replicar peças e equipamentos para suprir a demanda, muitas vezes descobrindo que a tecnologia aplica nesses equipamentos e peças importadas, era de origem nacional, e que davam a volta ao mundo, para retornarem a nosso país como algo criado lá fora.

No processo de nacionalização, descobrimos que poderíamos aplicar a demais áreas este tipo de processo, atendendo suas necessidades de forma específica, deixando peças sobressalentes sempre disponíveis localmente, reduzindo o tempo de espera por suprimentos críticos, gerando a disponibilidade de peças locais, facilitando o planejamento e a execução da manutenção preventiva e corretivas, resultando em menos tempo de inatividade dos equipamentos.

Tiramos a dependência de importações de equipamentos e peças de outros países e obtemos redução nos custos de manutenção e reparo.

A estratégia de nacionalização de peças sobressalentes ofereceu uma oportunidade única para as empresas brasileiras, aproximando a produção do consumo, os fabricantes podem responder mais rapidamente às mudanças do mercado e às demandas dos consumidores, ajustando-se às tendências tecnológicas emergentes e às dinâmicas econômicas globais.

Isso não apenas melhora a eficiência operacional, mas também potencializa a qualidade e a confiabilidade dos ativos industriais através de uma manutenção mais ágil e precisa.

A consolidação de uma indústria local forte e a formação de uma base técnica sólida são fundamentais para o crescimento sustentável da economia do nosso país. Ao internalizar a produção de componentes essenciais nacionais, o Brasil fortalece sua infraestrutura industrial e estimula a economia local por meio da criação de empregos e do aumento da competitividade global.

A nacionalização também ajuda a mitigar os impactos ambientais associados ao transporte internacional, alinhando as operações industriais com as diretrizes de sustentabilidade e responsabilidade social corporativa.

Minicurrículo: Fabricio Palmeira é especialista em Eletrotécnica, Nacionalização de Peças Industriais e Equipamentos de Controle de Poluentes.

Equipamentos Artigo do especialista em equipamento de controle de poluentes, eletrotécnica e meio ambiente Fabrício Palmeira.

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