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Setembro Amarelo: uma luz na escuridão da depressão

Eu sou Leila Cristina, psicanalista, escritora e estou de volta ao Portal Utilità como colunista, trazendo novamente minha experiência e conhecimento para compartilhar com vocês.

Após um período de pausa, fui convidada a retomar essa coluna por Marcela Coelho, idealizadora e fundadora do Mar’s Centro de Estética e Beleza. O objetivo é trazer temas relacionados ao bem-estar, depressão, saúde mental, entre outros.

O Mar’s, anunciante desse portal, é amplamente reconhecido por seu ambiente acolhedor, onde o bem-estar dos clientes é sempre colocado em primeiro lugar.

Fico lisongeada porque a Marcela acredita que eu tenho sensibilidade e uma visão única sobre o cuidado pessoal, e por isso sou a pessoa ideal para explorar esses assuntos de forma profunda e relevante.

Em um cotidiano repleto de obrigações e pressões, muitas vezes negligenciamos o autocuidado, colocando-o em segundo plano. O estresse diário nos faz esquecer de priorizar o que realmente nos traz felicidade, resultando em um desgaste contínuo da saúde e bem-estar.

Quero incentivar incentivando vocês, leitores, a entender que o autocuidado é uma parte essencial para alcançar uma vida mais equilibrada e saudável.

Então vamos la!

CAUSAS DA DEPRESSÃO:

A depressão é uma condição complexa que resulta da relação multifacetada de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Compreender suas causas é fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento. A identificação desses fatores não apenas ajuda a desmistificar a doença, mas também permite que indivíduos e profissionais da saúde abordem a questão com mais empatia e conhecimento.

Os fatores biológicos incluem alterações químicas no cérebro, especialmente relacionadas aos neurotransmissores que são substancias importantíssimas para regular o humor, e seu desequilíbrio pode levar ao surgimento de sintomas depressivos. A genética também desempenha papel significativo, estudos mostram que pessoas com histórico familiar de depressão tem maior probabilidade de desenvolver essa condição.

Aspectos psicológicos também são determinantes na manifestação da depressão. Traumas passados, estresse crônico e padrões de pensamentos negativos podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno. Por exemplo, indivíduos que apresentam perdas significativas ou situações adversas frequentemente apresentam vulnerabilidades emocionais que podem precipitar episódios depressivos.

As influencias sociais como o isolamento, a falta de suporte emocional, e condições socioeconômicas desfavoráveis estão fortemente ligados à incidência da depressão, assim como mudanças ou a perda do trabalho, separação e conflitos familiares . Em sociedades onde o estigma em torno da saúde mental persiste, muitos indivíduos relutam em buscar ajuda, perpetuando um ciclo vicioso de sofrimento.

SINTOMAS DA DEPRESSAO:

Os sintomas podem variar entre os indivíduos, mas geralmente incluem uma combinação de aspectos emocionais, físicos e comportamentais que afetam a qualidade de vida.
Os sintomas emocionais mais comuns incluem tristeza persistente, perda de interesse em atividades anteriormente prazerosas, sentimento de culpa ou inutilidade e dificuldade de concentrar-se, além de desesperança. Esses sentimentos não são reações temporárias a eventos estressantes, eles persistem por vários dias, semanas ou meses.

Os sintomas físicos incluem alterações no apetite, aumento ou diminuição, distúrbios do sono, insônia ou sono excessivo, além de fadiga crônica e dores inexplicáveis que não respondem a tratamentos convencionais. O reconhecimento precoce dos sintomas pode melhorar as chances de recuperação e também prevenir recorrências futuras.

DADOS ESTATISTICOS SOBRE A DEPRESSAO E O SUICIDIO:

Dados revelam que a depressão afeta cerca de 322 milhões de pessoas no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). No Brasil, as taxas de depressão têm aumentado significativamente nos últimos anos, estima-se que 11,5 milhões de brasileiros sofram com essa condição, o que representa cerca de 5,8% da população.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2023, houve 16.262 registros de suicídio no Brasil no ano de 2022.
Dessa forma, tivemos 8 suicídios por 100 mil habitantes, uma elevação de 11,8% em relação a 2021, que registrou 7,2 homicídios por 100 mil habitantes. A grande preocupação é que os índices de suicídio seguem uma tendência de crescimento desde 2010.

Segundo a OMS, o Brasil ocupa o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio. Segundo a OMS, o Brasil ocupa o 8º lugar entre os países com os maiores índices de suicídio. A taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre os anos de 2011 e 2022.
Em termos globais, o suicídio é uma das principais causas de morte entre os jovens com idade entre os 15 e 29 anos. A cada 40 segundos uma pessoa perde a vida por suicídio no mundo.

O estigma ligado à saúde mental ainda impede muitos indivíduos de buscar ajuda adequada. Esse fenômeno social se manifesta através de preconceitos, discriminação e atitudes negativas em relação à pessoa que enfrenta transtornos mentais como a depressão. O impacto vai além da vergonha ou do medo, ele pode afetar profundamente a vida das pessoas, levando ao isolamento social e à deterioração da saúde mental.

Um dos efeitos mais negativos dos estigmas é a internalização de crenças negativas por parte da vítima que se vê como fraca, ou menos capaz, resultando em baixa autoestima e autoconfiança, além de influenciar negativamente as relações sociais e profissionais.

ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO:

A prevenção do suicídio requer o esforço de todos: família, amigos, colegas de trabalho, membros da comunidade, educadores, líderes religiosos, profissionais de saúde, funcionários políticos e governos e requer estratégias integrativas que englobem o trabalho no nível individual, de sistemas e da comunidade.

SINAIS DE ALERTA DO SUICÍDIO:

– desesperança;
– raiva, descontrole, desejo de vingança;
– agir de forma imprudente ou se envolver em atividades de risco, aparentemente sem pensar;
– sentir-se preso, como se não houvesse saída;
– aumento do uso de álcool ou drogas;
– afastar-se de amigos, família e sociedade;
– ansiedade, agitação, incapacidade de dormir ou dormir o tempo todo;
– mudanças drásticas de humor;
– alguém ameaçando se machucar ou se matar ou falando em querer morrer;
– alguém procurando maneiras de se matar, em busca de armas ou outros itens letais;
– alguém falando ou escrevendo sobre morte ou suicídio.
É possível aumentar a conscientização sobre o problema do suicídio com ferramentas fáceis para ajudar a si mesmo e aos outros.

CONHEÇA AS CINCO ETAPAS QUE PODEM SALVAR VIDAS:

– Saiba reconhecer os sinais;
– Saiba como ajudar;
– Faça do bem-estar mental uma prioridade em sua vida;
– Saiba que existe ajuda e que a recuperação é possível;
PERGUNTE se a pessoa está pensando em suicídio. OUÇA sem julgar. Deixe a pessoa falar sem interrupção e faça com que ela se sinta ouvida. RESPONDA com gentileza e cuidado. Leve a pessoa a sério. ACOMPANHE a pessoa e ofereça apoio na transição da crise para a recuperação (Tente acompanhá-la nas primeiras 24-48 horas após uma crise).

PSICANÁLISE E PSIQUIATRIA NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO:

A psicanálise pode ajudar no tratamento da depressão por meio da análise de aspectos inconscientes, como desejos, conflitos e conteúdos reprimidos. Com isso, o paciente pode compreender e refletir sobre os padrões de comportamento e pensamento que alimentam a depressão.

A psicanálise pode ajudar a: Desenvolver o autoconhecimento, Ressignificar traumas e sentimentos, Promover o amadurecimento emocional, Aliviar o sofrimento psíquico, Proporcionar uma vida mais consciente e responsável.

Essa relação proporciona suporte emocional, validação e um espaço para a expressão de sentimentos, mesmo os mais difíceis. O psicanalista investiga as experiências passadas do paciente, especialmente na infância, buscando conexões entre eventos traumáticos, relacionamentos parentais e o desenvolvimento da depressão.

O psiquiatra é o profissional responsável pelo diagnóstico e tratamento da depressão profunda, uma doença psiquiátrica que se caracteriza por uma fase crítica da depressão:
• Diagnóstico: O psiquiatra é o profissional responsável por diagnosticar a depressão.
• Tratamento: O tratamento da depressão profunda envolve acompanhamento psiquiátrico e psicoterapia, podendo ser necessário o uso de medicação. Os medicamentos utilizados são os mesmos antidepressivos usados em depressões leves e moderadas, mas às vezes é necessário associá-los.
• Importância do tratamento: É importante procurar atendimento médico com rapidez e seguir as medidas propostas pelo especialista, pois a depressão profunda é uma doença que afeta integralmente a vida de quem sofre com ela.

A depressão profunda é a fase mais severa e grave da depressão, e os seus sintomas afetam integralmente a vida de quem sofre com o transtorno. Alguns dos sintomas da depressão profunda são: Falta de energia intensa, Tristeza constante, Pensamentos de culpa ou ruína, Dificuldade para manter o autocuidado.

A depressão é uma doença passível de cura, desde que o paciente siga corretamente as recomendações médicas e busque ajuda psicológica. Além de praticar atividades físicas, estar mais tempo ao ar livre, ouvir musicas alegres, e conviver com pessoas amigas e agradáveis.

DepressãoSou psicanalista com 12 anos de experiência, coautora de cinco livros e palestrante. Realizo atendimentos online e presenciais para adultos, além de atendimentos presenciais para crianças. Meu foco é ajudar quem enfrenta desafios como ansiedade, crises de pânico, sentimento de culpa, luto e depressão. Minha missão é oferecer suporte em momentos difíceis, ajudando você em sua jornada de autoconhecimento e bem-estar. Juntos, podemos encontrar caminhos para sua saúde emocional por meio da psicanálise. Estou aqui para te apoiar nessa caminhada, me sigam também pelo @leilacristinapsicanalista1.

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