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Novembro azul: reposição hormonal gera polêmica sobre o uso

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Foto: ShawnOster on Visual hunt / CC BY-NC-SA

 

A campanha conhecida por Novembro Azul marca o mês com uma série de informações importantes para a prevenção do câncer de próstata. Considerado como um dos tipos que mais acomete pacientes do sexo masculino, esse câncer também gera especulações interessantes relacionadas às duas causas por meio da utilização de hormônios. Fato que inspirou estudos recentes e divide a comunidade médica.

“A testosterona não gera o câncer. É importante esclarecer que, em quem já tem células malignas ou histórico familiar, o problema pode ser antecipado com a reposição. Se o paciente tem o acompanhamento de um clínico ou urologista, esse tipo de situação não será um impedimento. Já que o ideal é realizar todos os cuidados necessários prévios para conhecer a situação específica da pessoa que se sujeitará ao tratamento”, afirma a Dra. Márcia Umbelino, clínica médica, geriatra e ortomolecular.

Segundo estudos recentes, a reposição de testosterona em homens tem impacto positivo na densidade mineral óssea, além de hematopoiese, função sexual e, especialmente, libido, massa muscular e vitalidade. A argumentação, porém, é que essa reposição potencialize a incidência do aparecimento de câncer de proposta – uma correlação sustentada por 60 anos. Um fato que perde ainda mais força por não apresentar dados científicos para corroborá-lo. Porém, a Dra. Márcia Umbelino faz um alerta para quem opta por reposição hormonal sem o acompanhamento médico necessário.

“É importante ainda ter cuidado com a testosterona como anabolizante. Afinal, nesse caso, o paciente não está repondo, ele está colocando em cima da produção normal uma quantidade exagerada, muito maior de testosterona. Dessa forma, o corpo começa a produzir menos testosterona endógena”, explica. “Resultado disso é que ele terá que ficar na reposição hormonal ao longo de toda a vida. Se o paciente já tem células malignas, por exemplo, vai começar com a testosterona, o hormônio pode alimentar ou piorar o câncer”, ressalta a médica.

Ou seja, mesmo com toda a polêmica sobre a possível potencialização do problema, a literatura não apresentou riscos maiores em comparação à população em geral. Com todos os benefícios apresentados pela reposição, é reconhecível e recomendado sua prescrição para a melhora da qualidade de vida do homem. Por meio de acompanhamento eficiente realizado por seus médicos, inconstâncias podem ser analisadas e cuidadas de forma otimizada.

 

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