Estamos em um mundo onde a nossa base estrutural são as relações, que podem ser familiares, fraternais, profissionais e aleatórias. Entre esses laços, existe um que nos faz respirar fundo, suar as mãos e bater forte o coração: são as relações amorosas.
Como estão as suas relações amorosas? Qual é o tipo de relacionamento que você atrai? Te nutri ou destrói? Segundo o site Relógios da violência, a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência física e/ou verbal.
E você pode estar se perguntando como isso é possível. Como esses números podem ser tão altos? O principal fator é que a maioria de nós não sabemos identificar todas as formas de violência. No geral, só reconhecemos a violência física e esquecemos ou não sabemos as outras formas, que às vezes são naturalizadas como situações da relação.
Outros tipos de violência que geralmente esquecemos são: moral, financeira, psicológica e sexual. Por exemplo, quem nunca teve um objeto pessoal, mesmo que de valor sentimental, quebrado ou o celular danificado? Isso se caracteriza como violência patrimonial.
Um clássico na violência psicológica é um dos parceiros contestar a sanidade mental do outro, fazendo pequenas modificações, como apagar mensagens, mudar coisas do lugar, omitir dados, levando o outro ao próprio questionamento e dúvida.
Agora podemos pensar em quantas mulheres já se submeteram a vivências sexuais desagradáveis, pressionadas, coagidas pelo parceiro, fazendo com que elas vivenciassem situações que não gostariam? Esse é um exemplo de violência sexual. Se você não se sente à vontade para fazer, é violência.
Já a violência moral é caracterizada por calúnias, difamação e injuria. A importância dessa reflexão é problematizar e questionar que tipos de laços estamos estabelecendo, se são laços nutritivos ou relações perigosas. A partir da conscientização, é preciso mudar e pedir ajuda. O que não podemos é continuar adoecendo, nas nossas “relações de amor”.