O primeiro passo para se ter uma vida financeira saudável e sem sustos é cuidar para sempre gastar menos do que se ganha. Com a facilidade de acesso ao crédito, seja ele na forma de cartões de crédito, cheque especial ou empréstimos bancários, muitos brasileiros se acostumaram a contar com um dinheiro que, mais cedo ou mais tarde, deverá ser devolvido.
Para não cair nas armadilhas do crédito fácil, adote a estratégia de ter gastos sempre compatíveis com seus ganhos. Se você gasta mais do que ganha e pretende mudar esse comportamento, sua primeira ação deve ser detalhar todos os seus gastos durante um mês. A partir desse detalhamento e, tendo como objetivo o controle dos gastos, é fundamental aprender a lidar com alguns vilões para a sua economia:
1 – Promoções, descontos e liquidações, aumentando os gastos desnecessários: imagine uma situação em que você precise comprar uma camisa nova. Sua estimativa é de que a camisa custe algo em torno de R$ 25,00. Ao chegar à loja, você percebe que há uma promoção em que, comprando três peças ou mais, você ganha 20% de desconto. Supondo que você decida comprar três camisas em vez de uma, gastaria então R$ 60,00 (3 x R$ 25,00 – 20%). A princípio, parece ser um bom negócio, mas, na verdade, você gastaria R$ 35,00 a mais do que se comprasse apenas a camisa de que precisava.
2 – Planos, combos e pacotes fechados, pagando por serviços que você não usa: é muito comum entre as operadoras de celular ou de TV a cabo oferecer planos que agregam mais de um produto por um preço mais baixo do que se os serviços fossem contratados separadamente. Muitas vezes, acabamos pagando por um plano que tenha mais canais do que assistimos ou por mais minutos de ligações ou pacotes de mensagens que nem sempre utilizamos. É possível que você encontre um plano com menos serviços, mais barato e que o atenda tão bem quanto o seu atual plano.
3 – Pequenos gastos muito freqüentes, desprezando as pequenas economias: é comum não atentarmos para gastos muito pequenos que realizamos diversas vezes ao mês. Um cafezinho ou um sorvete que custem R$ 2,00 por dia representam um gasto de um valor próximo a R$ 50,00 por mês. Se reduzirmos essa freqüência de cinco para dois dias por semana, já será uma economia de 60% ou R$ 30,00 por mês.
Os três exemplos acima ilustram bem situações em que existem custos desnecessários e, às vezes, imperceptíveis para nós. Há inúmeros outros casos de gastos que podem ser cortados para aumentar a diferença entre o que ganhamos e o que gastamos.
Portanto, para gastar menos do que se ganha, o ideal é seguir duas etapas. A primeira é detalhar todos os seus gastos minuciosamente, identificando quais são essenciais e quais são supérfluos. A segunda é estabelecer quais desses gastos supérfluos serão cortados.
