Passei boa parte da vida acreditando que ser forte era suportar tudo. Acreditava que força era resistência. Era segurar firme, aguentar calada, continuar mesmo quando o corpo e a alma pediam pausa.
Com o tempo e com a vida entendi que ser forte é escolher. E escolher sempre cobra um preço. Escolher o caminho certo mesmo quando dói. Escolher seguir quando ninguém entende. Escolher recomeçar quando tudo desaba.
A minha história não foi linear, nem suave, nem justa. Foi feita de coragem, fé e consequências. E é por isso que hoje começo esta coluna: para te lembrar que o seu maior desafio não é o mundo é você.
Ao longo da minha jornada, observando a aviação tão de perto, aprendi algo simples: um helicóptero não precisa de pista para decolar, mas precisa de intenção para manter o rumo.
Ele se sustenta no ar porque cada comando é consciente. Cada ajuste, mesmo pequeno, importa. Cada movimento exige presença. A vida é exatamente assim: não exige condições perfeitas para começar, mas exige escolhas firmes para continuar.
De nada adianta esperar “a hora certa” se você não está disposta(o) a assumir o controle quando ela chegar. E assumir o controle, muitas vezes, dói. É abandonar desculpas, soltar vícios emocionais, renunciar padrões antigos que já não servem. É se responsabilizar pelo próprio crescimento e pelas quedas também.
Fé e Resiliência não são palavras bonitas. São estruturas. São mapas internos. São a forma que encontrei de transformar tempestades em altitude. Não porque eu sou inabalável, mas porque aprendi a me reconstruir enquanto voo.
Em muitos momentos, a vida não me deu aviso prévio. Ela simplesmente mudou a rota e eu precisei ajustar o rumo no meio do trajeto. Foi assim na infância, na fase adulta, na aviação, no empreendedorismo e nos meus recomeços internos.
E todas as vezes em que achei que iria cair, percebi que dentro de mim existia mais força do que medo. É por isso que esta coluna nasce: porque acredito que você também carrega essa altitude em potencial.
Acredita que existe mais em você do que a superfície revela. Porque às vezes, tudo o que precisamos é de alguém dizendo:
“Vai. Dá o primeiro passo. O resto, você aprende no caminho.”
Então, seja bem-vinda(o) ao primeiro capítulo. Um capítulo que não é sobre técnica, fórmulas prontas ou frases feitas. É sobre olhar para dentro, assumir o próprio manche e seguir.
Porque no fim, só existe um destino possível para quem decide crescer:
O céu é o destino.

Acredita que autoconhecimento é a maior ferramenta de transformação e que todo recomeço começa por dentro. Em sua visão, não importa de onde você vem: o céu é o destino.

























