As regiões cerebrais relacionadas à criatividade é o córtex frontal, pois, pessoas consideradas mais criativas geralmente possuem uma maior atividade nessa área.
Outra característica do cérebro desses indivíduos é a capacidade de formar novas conexões e estabelecer ativação simultânea de áreas distintas do órgão, como o córtex visual, os lobos temporais e o sistema límbico, incluindo o hipocampo. Além disso, diversos neurotransmissores estão envolvidos, como a noradrenalina, a dopamina e a acetilcolina.
O sono tem um papel fundamental para desenvolver a criatividade, na verdade, ele como um todo provoca um relaxamento, mas uma de suas fases merece um olhar mais atento.
Pesquisadores deste campo acreditam que as alterações de neurotransmissores e da atividade de algumas estruturas cerebrais na fase do sono que favorecem uma ativação diferenciada e uma reorganização individualizada de estruturas neo-corticais os lobos temporais e frontais.
Isso facilitaria, durante o repouso, o processo cognitivo da pessoa. Para ser criativo, são importantes a atividade cerebral e as experiências e informações armazenadas em nosso cérebro. Com isso, certas pessoas se destacam, conseguindo encontrar saídas mais rapidamente do que as demais.
Na improvisação, a pessoa usa os recursos criativos já internalizados. Há uma memória implícita e sedimentada, que facilita o processo da adaptação quando surge uma necessidade emergencial. Além do aproveitamento da bagagem pessoal para adaptar-se a determinadas ocasiões, é bom evitar estresse ou algo interferindo negativamente. O improviso consiste na capacidade de criar algo novo momentaneamente. Para tal habilidade, é necessário o controle do córtex pré-frontal ou seja precisa relaxar e descontrair, permitindo que outras partes do cérebro se organizem formando associações inesperadas ou fora de padrões pré-concebidos.
Improvisar em momentos de dificuldades se tornam muito importantes. Já que há a possibilidade, de buscar novos caminhos para enfrentar situações de crise. A improvisação colabora na resolução de fatores negativos que podem surgir a qualquer momento em nossas vidas pessoais e profissionais.
Porém deve-se buscar um improviso que traga resultados também a longo prazo e não algo provisório. Saber usar essa capacidade pode realçar seu trabalho e suas habilidades diante de problemas. O que vale destacar é que, apesar de algumas pessoas terem essa predisposição, isso não quer dizer que são mais criativas do que outras. Na verdade, elas possuem apenas uma capacidade diferente e mais desenvolvidas.
* Artigo da colunista Regina Marques Gonçalves, neuropedagoga.