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Constipação crônica: o problema silencioso que afeta milhões de mulheres tem solução sem remédios

Sentir o intestino preso ocasionalmente pode parecer algo corriqueiro. Mas quando esse desconforto se repete com frequência e persiste por semanas ou meses, acende-se um sinal de alerta para a constipação crônica, uma condição que afeta cerca de um em cada cinco pessoas no mundo e que tem as mulheres como maioria entre os casos.

A constipação intestinal se caracteriza por dificuldades frequentes para evacuar, sensação de esvaziamento incompleto, necessidade de esforço intenso para eliminar as fezes e episódios de evacuação inferiores a três vezes por semana. Em muitos casos, os sintomas vêm acompanhados de flatulência, inchaço abdominal, irritação e indisposição, interferindo diretamente na qualidade de vida.

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irritação e indisposição, interferindo diretamente na qualidade de vida.

Para a fisioterapeuta pélvica Patrícia Zaidan (@patriciazaidan), é fundamental dar atenção a esses sinais antes que o organismo se acostume a depender exclusivamente de soluções paliativas, como o uso prolongado de laxantes. “Muitas mulheres começam automedicando-se com laxantes, que até funcionam por um tempo, mas o intestino acaba criando uma dependência. Com o tempo, esses medicamentos deixam de surtir efeito e a paciente passa a precisar de lavagens intestinais constantes. Isso não resolve a causa, apenas mascara o problema”, alerta.

Segundo Patrícia, a constipação pode surgir por diferentes motivos: alterações no intestino, disfunções no assoalho pélvico ou até pela combinação dos dois fatores. Além disso, pode estar relacionada ao uso de medicamentos, a doenças metabólicas e neurológicas, ou a fatores de estilo de vida, como alimentação pobre em fibras, baixa ingestão de água e sedentarismo.

“Antes de iniciar o tratamento fisioterapêutico, é indispensável a consulta com um médico proctologista, que poderá solicitar os exames necessários e avaliar a origem do problema. A partir dessa etapa, muitos pacientes são encaminhados para a fisioterapia pélvica, onde iniciamos um processo de reeducação e reabilitação intestinal”, explica Patrícia.

A especialista lembra que a constipação funcional – aquela que não está ligada diretamente a uma doença de base – pode ter excelente resposta com o tratamento fisioterapêutico. E mesmo quando há uma condição associada, como a endometriose com foco intestinal, a fisioterapia se mostra eficaz no controle dos sintomas.

Dentro da abordagem fisioterapêutica, o biofeedback é uma das ferramentas mais eficazes no tratamento da constipação crônica. A técnica permite mapear e corrigir padrões de contração e relaxamento inadequados da musculatura do assoalho pélvico, facilitando o processo de evacuação. Além disso, são utilizadas técnicas manuais, exercícios específicos para o períneo, estimulações neuromusculares e orientações posturais durante o ato evacuatório.

“Trabalhamos para restaurar o controle motor da musculatura responsável por ajudar na eliminação das fezes. A ideia é devolver à paciente a autonomia intestinal, sem a necessidade de medicamentos ou intervenções mais invasivas”, resume Patrícia.

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Além da fisioterapia, mudanças no estilo de vida fazem parte do processo te

Além da fisioterapia, mudanças no estilo de vida fazem parte do processo terapêutico. Isso inclui melhorar a alimentação, aumentar a ingestão hídrica e adotar uma rotina de atividade física leve a moderada.
A constipação não é apenas um desconforto

Apesar de muitas vezes ser subestimada, a constipação crônica vai muito além de um simples “intestino preguiçoso”. Ela afeta o bem-estar emocional, compromete o sono, a disposição e até mesmo a vida social de quem convive com ela. “Algumas mulheres relatam que se sentem constantemente estufadas, desconfortáveis, o que interfere na autoestima e no dia a dia. Por isso, tratar é essencial”, afirma Patrícia.

Com atendimento humanizado e foco no reequilíbrio funcional da pelve e do intestino, Patrícia Zaidan vem ajudando mulheres a superarem a constipação de forma segura, sem precisar recorrer a soluções radicais ou paliativas. Sua atuação integra um time multidisciplinar com proctologistas, nutricionistas e médicos especialistas em dor, reforçando a importância de um olhar amplo para um problema tão comum quanto negligenciado.

“A constipação tem tratamento, e a fisioterapia pélvica é, sim, uma das principais aliadas para quem quer voltar a ter controle, conforto e bem-estar. O primeiro passo é reconhecer que sentir-se assim não é normal — e que é possível viver com leveza de novo”, finaliza.

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