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Menopausa não é o fim: o tratamento que devolve prazer, controle e autoestima

Ondas de calor, insônia, mudanças de humor, perda de libido, escapes de urina, dor durante as relações sexuais. Esses são apenas alguns dos sintomas que muitas mulheres enfrentam ao entrar na menopausa – um período natural da vida, mas ainda pouco compreendido e cercado de tabus.

A travessia por essa fase pode ser mais leve quando o cuidado com o corpo é acompanhado de informação e orientação especializada.

Menopausa
Patrícia Zaidan tem sido uma das vozes mais consistentes na construção de um cuidado mais humanizado e eficaz para as mulheres

Referência nacional em fisioterapia pélvica, Patrícia Zaidan (@patriciazaidan) tem se dedicado a ampliar o debate sobre saúde íntima feminina, dor pélvica crônica, endometriose e os impactos do envelhecimento no assoalho pélvico.

Com mais de 15 anos de experiência clínica, atuação hospitalar, coordenação acadêmica e formação em educação física, Patrícia tem sido uma das vozes mais consistentes na construção de um cuidado mais humanizado e eficaz para as mulheres – especialmente na menopausa.

“A menopausa não precisa ser sinônimo de sofrimento ou perda de qualidade de vida. Pode ser o momento ideal para a mulher reconectar-se com seu corpo e assumir o protagonismo da própria saúde”, defende.

A menopausa ocorre, em média, entre os 45 e 55 anos e marca o fim dos ciclos menstruais.

O climatério – fase que antecede e sucede a menopausa – envolve alterações hormonais intensas, sobretudo pela queda de estrogênio e progesterona. Essas mudanças impactam o corpo como um todo, mas é na região pélvica que os efeitos costumam se manifestar com mais força.

Menopausa
A saúde pélvica importa – e cuidar dela é um ato de autonomia e amor-próprio

Entre os sintomas mais comuns estão:

* Incontinência urinária (escapes ao tossir, rir ou fazer esforço)
* Urgência urinária (vontade súbita e difícil de controlar)
* Sensação de peso na pelve (prolapso genital)
* Ressecamento vaginal e dor nas relações
* Redução da sensibilidade e do prazer
* Diminuição da força e coordenação muscular do períneo

Nada disso, porém, deve ser encarado como normal ou inevitável.

A fisioterapia pélvica atua diretamente sobre músculos, ligamentos e tecidos da região íntima, promovendo força, elasticidade e reeducação funcional. Entre os benefícios do tratamento estão a redução da incontinência urinária, a melhora da lubrificação, o alívio de dores e desconfortos, a prevenção de prolapsos e o aumento da segurança corporal.

Na prática, o tratamento começa com uma avaliação minuciosa da função muscular do assoalho pélvico, do histórico da paciente e dos sintomas mais relevantes. A partir disso, é estruturado um plano individualizado que pode incluir exercícios de fortalecimento, técnicas de relaxamento, biofeedback, eletroestimulação e educação postural.

“Trabalhamos não só para devolver tônus à musculatura, mas também para restaurar a percepção corporal da mulher – algo que muitas vezes se perde nessa fase. O objetivo é que ela volte a sentir confiança no próprio corpo, tanto no cotidiano quanto na intimidade”, explica Patrícia.

Menopausa
“Nosso foco é oferecer um cuidado real, que não isole o sintoma da história da paciente”, afirma Patrícia

Em geral, os primeiros efeitos aparecem após poucas sessões, com melhora no controle muscular, na lubrificação vaginal e na qualidade de vida.

Além de atender em clínicas e hospitais, Patrícia faz parte de uma equipe multiprofissional com ginecologistas, nutricionistas, médicos da dor e psicólogos. A abordagem é personalizada, respeitosa e não invasiva.

“Nosso foco é oferecer um cuidado real, que não isole o sintoma da história da paciente. Cada mulher precisa ser ouvida.”

A menopausa pode – e deve – ser vivida com dignidade e plenitude. A fisioterapia pélvica contribui não apenas para tratar os sintomas, mas para prevenir complicações futuras. Cuidar do assoalho pélvico é cuidar de postura, respiração, função sexual e até bem-estar emocional. Muitas pacientes relatam melhora no sono, na autoestima e na disposição para atividades físicas.

Seja para prevenir, tratar ou apenas entender melhor seu corpo, o momento de buscar ajuda é agora. A saúde pélvica importa – e cuidar dela é um ato de autonomia e amor-próprio.

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