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Elina de Souza: atriz carrega lembranças daqui

Elina de Souza
Elina de Souza fez muitos amigos aqui na região | Foto: Divulgação

Atriz formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apresentadora, dubladora e locutora. Este é basicamente o currículo de Elina de Souza, que veio de Belo Horizonte para interpretar Neidinha na novela “Em Família”, da Rede Globo.  Para trabalhar, ela morou por aqui na região, já retornou para sua terra, mas carrega lembranças ótimas daqui.

Além de contar sobre o momento em que morou no Rio, Elina de Souza também destaca a importância do Dia da Consciência Negra, que será celebrado na próxima quinta-feira, dia 20.

– Um assunto bastante delicado, mas que precisa ser falado a todo instante: o negro no Brasil. Eu como negra e bastante orgulhosa da minha negritude, posso falar com propriedade que a posição do negro no Brasil vem melhorando consideravelmente. Hoje, o negro, por sua competência, ocupa cargos importantes ou é dono do próprio negócio, está presente na carreira acadêmica, na magistratura, é protagonista em minisséries ou tem papéis bastante relevantes nas novelas, como foi o caso da minha personagem, a Neidinha da novela “Em Família”. 

Você veio de Minas Gerais para participar das gravações da novela “Em Família” e morou aqui na região, em Curicica. O que mais gostou do bairro?
Em primeiro lugar, o mais importante pra mim é ter o privilégio de  poder morar perto do trabalho. Isso é um grande diferencial para quem busca mais qualidade de vida. Agora, com relação ao bairro, o que mais gostei foi a tranquilidade  e o fato de  ser um lugar simples, mas que me oferecia tudo que eu  precisava para me manter ali.

Você conheceu a Barra e o Recreio? O que chamou a sua atenção nesses lugares? 
Conheci  pouco o Recreio, fui algumas vezes a trabalho para gravar na Praia da Macumba. Que lugar maravilhoso! Que paisagem! Quanto à Barra, conheço um pouquinho mais. Bem no início das gravações, passei um tempo lá hospedada em um hotel. Fazer caminhada pela orla era um prazer. Sem falar da Rua Olegário Maciel, com seus vários comércios e barzinhos que à noite era um lugar de encontros, conversas e  para dar aquela relaxada.

Quando veio de outro estado para viver no Rio, sentiu diferenças? O que exatamente?
Claro que, em primeiro lugar, fiquei meio perdida, não conhecia nada. Já tinha ido ao  Rio, mas só  a passeio. O fato de não saber me localizar e de não ter noção de distância de um lugar para outro era enlouquecedor, mas fui me adaptando com o tempo. Acredito que a grande diferença sentida mesmo tenha sido com relação ao calor. Sofri muito!

Agora você está em Belo Horizonte. Quais são as grandes lembranças que você tem do tempo que esteve no Rio?
Sem dúvida nenhuma dos amigos que fiz. É claro que tenho saudades do trabalho, já que me proporcionou uma experiência incrível, mas o coração aperta quando penso nesses amigos queridos.

Se pudesse voltar ao Rio para trabalhar, escolheria qual bairro para morar?
Como disse, prezo muito uma boa qualidade de vida. Se eu puder morar sempre perto do trabalho, melhor, mas dos poucos bairros que conheci, gostei muito da Barra e achei o Leblon um charme.

Pela experiência que teve em viver aqui na região, indicaria para outras pessoas essa localidade para viver? 
Indicaria sim. É um lugar tranquilo, com pessoas muito prestativas e com uma área comercial que atende perfeitamente às necessidades básicas. Só faço uma ressalva com relação ao lazer: é preciso mais investimentos.

Tem projetos para sua vida profissional? Quais?
No momento, os meus projetos profissionais estão todos voltados para Belo Horizonte. Inclusive, em outubro, fui convidada para participar da Campanha Estadual “Outubro Rosa” intitulada de “Não enrola Sueli”, que trata da prevenção ao câncer de mama e o incentivo ao exame de mamografia. Tenho contatos no Rio e espero voltar em breve a trabalhar na Cidade Maravilhosa.

Dia 20 de novembro é o Dia da Consciência Negra, uma data dedicada à reflexão da história do negro no Brasil. Qual a sua opinião sobre a posição do negro no Brasil hoje?
Um assunto bastante delicado, mas que precisa ser falado a todo instante: o negro no Brasil. Eu como negra e bastante orgulhosa da minha negritude, posso falar com propriedade que a posição do negro no Brasil vem melhorando consideravelmente. Hoje, o negro, por sua competência, ocupa cargos importantes ou é dono do próprio negócio, está presente na carreira acadêmica, na magistratura, é protagonista em minisséries ou tem papéis bastante relevantes nas novelas, como foi o caso da minha personagem, a Neidinha da novela “Em Família”.  Acredito que estamos trilhando um caminho vitorioso, apesar de ainda ser espinhoso e ainda ter que melhorar muito. Prova disso é essa onda de manifestações de racismo e preconceito que estão presentes, não só nas redes sociais, mas em vários lugares da sociedade, sejam eles públicos ou privados. Em pleno século XXI, é inadmissível que cenas tão lamentáveis façam parte do cenário da nossa sociedade. E aí eu me pergunto: onde está a consciência?

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