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A vida sem jaleco

Victor Lima e Noel Lima — Noel Lima e o filho, Victor Lima, são cirurgiões e se divertem juntos |Foto: Arquivo Pessoal

Quando o paciente está sendo atendido no consultório ou no hospital por aquela pessoa de jaleco branco, ele nem imagina que, fora dali, aquele mesmo médico ou médica se transforma. Os profissionais da saúde, assim como qualquer um de nós, têm gostos e hobbies muitas vezes completamente diferentes do cotidiano de seu trabalho.

Vocação de pai para filho

Noel Lima e Victor Lima, pai e filho, são cirurgiões plásticos e atendem na Clínica GOA Health Club, na Barra. Com 64 anos de vida e 35 de profissão, Noel foi a inspiração para o filho Victor, de 32 anos, formado há oito, seguir a mesma carreira.Mas essa ligação vai muito além das salas de cirurgias.

– Há muitos anos começamos um programa familiar de viajar no final do ano para esquiar com amigos. Desde então tento esquiar uma vez por ano, para montanhas diferentes, conta Victor.

O esporte já rendeu histórias curiosas, como a de quando Victor,ainda estudante,tentou ajudar um senhor que caiu enquanto esquiava:

– Pedi licença e expliquei que era acadêmico de Medicina e poderia ajudá-lo enquanto os paramédicos não chegavam. Nisso, um dos muitos homens ao redor do senhor caído se vira e me diz que eram todos cardiologistas e que não precisavam de um acadêmico e sim de um desfibrilador, já que o senhor estava enfartando. Foi um belo balde de água fria!

Entre câmeras e bisturis

Também cirurgião plástico, Luis Claudio Barbosa tem oito anos de formado. Ele conta que seu hobby de fotografar apareceu por uma necessidade da própria profissão: registrar o antes e o depois da cirurgia de seus pacientes.

– Eu sempre gostei de fotografia. Há três anos comprei os equipamentos e tenho feito cursos online e comprado livros sobre o assunto. Passei a entender melhor a atividade e levei isso também para as fotos de viagens ede família.

Diversão em duas rodas

Com 64 anos de idade e há 40 exercendo a Medicina, Dr. Jorge Eberienos é morador da Barra e trabalha como anestesista nos hospitais Barra e Rios D’Or. Quem o vê, entretanto, não imagina que mesmo antes de se tornar médico, ele já praticava o motociclismo.

– Quando viajamos de moto, esquecemos os problemas do dia a dia e só pensamos em curtir com os nossos amigos.

Aventuras no mar

David Szpilman tem 30 anos de formado e 25 trabalhando com os bombeiros, desenvolvendo práticas para aprimorar o salvamento de vítimas de afogamento. Sua inclinação para essa área aconteceu muito cedo.

– Desde os cinco anos já pegava onda. Era um verdadeiro peixinho. Já fui nadador e continuo surfando até hoje.

A habilidade na água já rendeu resgates memoráveis.

– Há uns dois anos, quando saía do mar, ouvi um barulho. Virei-me e deparei-me com um aeroplano caído na água. É engraçada essa sensação de estar no lugar certo, na hora certa, relembra o morador do Recreio que atende em um consultório na Barra.